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SELEÇÃO PET MATA ATLÂNTICA 2012.1

PROGRAD lança edital do PET Mata Atlântica
Qui, 22 de Dezembro de 2011 10:42
A Pró-Reitoria de Graduação da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, no uso de suas atribuições legais e estatutárias, torna público o edital de Seleção do PET Mata Atlântica 2012.
Poderão concorrer às vagas os discentes dos seguintes cursos:
  • Tecnologia em Gestão de Cooperativas;
  • Tecnologia em Agroecologia;
  • Bacharelado em Agronomia;
  • Bacharelado em Biologia;
  • Bacharelado em Engenharia Florestal;
  • Licenciatura em Biologia.
Período de Inscrição: 30 de janeiro a 06 de fevereiro de 2012.
Local de Inscrição: Núcleo de Apoio Acadêmico (NUAAC - CCAAB)

Leia o Edital - PET Mata Atlântica na íntegra.
GAMBÁ e Pet Mata Atlântica realizaram o 1º Seminário Regional sobre Experiências em Conservação da Mata Atlântica no Recôncavo Sul Baiano

O processo de desmatamento da Mata Atlântica iniciou-se quando o Brasil foi “descoberto”. Hoje, mais de 500 anos depois, existe apenas 7% de sua extensão original. O que você faz pela conservação da Mata Atlântica?

O 1º Seminário Regional sobre Experiências em Conservação da Mata Atlântica no Recôncavo Sul Baiano – I SerMata, realizado no dia 19 de novembro no Campus Cruz das Almas da Universidade Federal do Recôncavo Baiano foi uma iniciativa do Gambá – Grupo Ambientalista da Bahia em parceria com o Pet Mata Atlântica – Conservação e Desenvolvimento da UFRB que teve como o objetivo  o levantamento e a socialização  de  ações de conservação da Mata Atlântica que estão sendo desenvolvidas no Recôncavo Sul Baiano a fim de  subsidiar estratégias efetivas para a conservação e uso sustentável dos recursos naturais desse bioma.
O Seminário promoveu o intercâmbio de experiências entre profissionais, estudantes e comunidades da região, tendo sido contabilizadas mais de 200 inscrições. Dentre as organizações presentes por meio de seus representantes estavam o Grupo Ambientalista Nascentes – Gana; o Departamento de Gestão Ambiental da Embasa – Empresa Baiana de Saneamento, ambos de Santo Antônio de Jesus; o Grupo Biriba de Muritiba; o Núcleo de Gestão Ambiental do Território de Identidade do Recôncavo; a Secretaria de Agricultura e de Meio Ambiente de Sapeaçu; a Ong Onça Parda, de Jacobina; a Ong Centro Sapucaia, de Amargosa; a Fundação José Carvalho e o Inema.
  
Experiências e estratégias de Conservação da Mata Atlântica no Recôncavo Sul Baiano.
O primeiro momento do evento proporcionou aos participantes a oportunidade de reflexão acerca da situação alarmante da Mata Atlântica no Recôncavo Sul Baiano, ao tempo em que foram apresentados experiências e resultados exitosos de Projetos e estratégias de ação, que já vem contribuindo para a conservação desse bioma. Os expositores provocaram a participação do público, estimulando a reflexão de que é dever de toda a sociedade contribuir para as soluções dos problemas ambientais.

- O Pet Mata Atlântica – Conservação e Desenvolvimento 
“Um esforço concreto de envolver a academia nas tarefas de conservação da Mata Atlântica contribuindo para a formação de profissionais com novos parâmetros sobre o uso sustentável dos recursos naturais e a sobrevivência humana”
A professora Alessandra Nasser Caiafa da UFRB e Coordenadora do Grupo Pet Mata Atlântica, alertou o público para os principais problemas ambientais do Recôncavo Sul Baiano através de uma contextualização histórica do desmatamento da Mata Atlântica na região, principalmente causado pela abertura de pastagens e extensas áreas de monoculturas de mandioca, banana, café e fumo.  Diante deste cenário, o Pet Mata Atlântica foi criado com o objetivo de contribuir com a conservação da biodiversidade da Região do Recôncavo Sul Baiano, que sofre bastante com o conflito entre a sobrevivência das populações locais e o uso predatório dos recursos naturais.  O Pet vem buscando realizar pesquisas científicas que documentem e analisem a importância dos serviços ambientais prestados pela natureza estimulando os universitários a tornarem-se agentes transformadores da sociedade. O Grupo faz parte do Programa de Educação Tutorial do Governo Federal brasileiro que busca propiciar aos alunos condições para a realização de atividades extracurriculares que complementam a sua formação acadêmica e integra estudantes dos cursos de Biologia, Engenharia Florestal, Agroecologia, Agronomia e Gestão de Cooperativas, todos da UFRB.


- O Grupo Ambientalista da Bahia – Gambá e o Centro de Pesquisa e Manejo da Vida Silvestre – CPMVS
“30 Anos em defesa do meio ambiente e 15 anos reflorestando a Mata Atlântica”
Maria Theresa S. Stradmann, coordenadora executiva do Gambá e do CPMVS, resumiu o histórico de 15 anos de atuação do Gambá na Região do Recôncavo Sul Baiano desenvolvendo metodologias de articulação e mobilização comunitária para a conservação dos recursos naturais, o que beneficiou as comunidades locais através da recuperação de nascentes e melhoria da eficiência de suas atividades produtivas. Entre as ações demonstrativas que o Gambá realiza para a conservação da Mata Atlântica e Caatinga, destacam-se a recuperação de áreas degradadas através da produção de mudas nativas e reflorestamento, priorizando as Áreas de Preservação Permanente – APP; a implantação de bosques energéticos e madeiráveis e a implantação de Cercas Vivas, como alternativas sustentáveis para as comunidades que contribuem com a redução da pressão sobre os fragmentos florestais por demanda de estacas e lenha; o resgate, a reabilitação e a soltura de animais silvestres provenientes do tráfico de animais e aprisionamento em cativeiros, com o objetivo de repovoar os fragmentos florestais.
O Centro de Pesquisa e Manejo da Vida Silvestre abriga as instalações do Gambá voltadas para o Programa de Conservação de Ecossistemas e está localizado na Reserva Jequitibá – Posto Avançado da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, uma área florestal situada na Serra da Jibóia, município de Elísio Medrado. 

- O exemplo da RPPN Guarirú
“Exercício de cidadania de Proprietário Rural mostra inúmeras vantagens em manter a floresta em pé”
O relato de Flávio Pantarotto, proprietário da fazenda Serenidade, localizada no município de Varzedo/BA esclareceu ao público quais são as diretrizes para a criação de uma Reserva Particular do Patrimônio Natural – RPPN tendo como experiência a implantação da Reserva Guarirú em sua propriedade. Flávio deixou claro que a criação de uma Reserva Particular deve nascer de um ato de vontade do proprietário e que para consumá-lo basta apenas um requerimento do Inema – Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos que não custa absolutamente nada. Ele ressaltou também que a criação de uma RPPN traz uma série de vantagens para o proprietário rural como prioridades para obtenção de créditos agrícolas, isenção do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR, além, é claro, da melhoria da capacidade de produção de água pelas nascentes, da possibilidade de geração de renda através do ecoturismo, etc.
- O relato sobre a experiência da criação da Unidade de Conservação do Timbó
“A criação da UC Refúgio da Vida Silvestre de Amargosa é um passo concreto para a conservação do Timbó”
Representando a Ong Centro Sapucaia, Márcia Luzia Cardoso Neves relatou a experiência bem sucedida da criação da Unidade de Conservação “Refúgio da Vida Silvestre de Amargosa”, localizada na Serra do Timbó, Vale do Jequiriçá, que serve de exemplo para novas iniciativas. As pesquisas desenvolvidas para a sua criação mostraram que a Mata Atlântica da região do Recôncavo Sul Baiano possui um alto índice de biodiversidade tendo sido registradas novas espécies de plantas e animais, inclusive espécies exclusivas da Mata do Timbó.
Márcia Neves evidenciou a importância das ações de sensibilização e mobilização das comunidades locais, testemunho que ficou ainda mais fortalecido com a intervenção de Lilite, Conselheira Diretora do Gambá: “Quando se pensa em Educação Ambiental o foco é quase sempre as escolas mas existe uma Educação Ambiental que é fora da escola e que visa não apenas a transferência de conhecimentos e técnicas mas também a formação de pessoas e o exercício da cidadania”. A comunidade precisa sentir que faz parte da nova história que está sendo construída” – disse.
O êxito dessa iniciativa deve-se principalmente ao esforço coletivo da sociedade civil organizada, representada pela Ong Centro Sapucaia, e uma gestão pública comprometida com as questões ambientais de seu município.
Trocas de experiências de ações de conservação da Mata Atlântica!
Num segundo momento do evento, os participantes participaram de Grupos de Trabalho com temas específicos conforme as suas experiências a relatar ou interesse de aprendizado. Os GT’s aprofundaram as temáticas: Pesquisas e Unidades de Conservação como estratégias de conservação; Legislação Ambiental; Métodos de Recuperação da Mata Atlântica; Uso sustentável dos recursos naturais; Agroecologia no Recôncavo; Conservação dos Recursos Hídricos; Educação ambiental na formação crítica e Adequação ambiental da propriedade rural. As discussões promovidas pelos Grupos possibilitaram a socialização de experiências que vêm sendo realizadas na região promovendo um maior entendimento sobre os conceitos e métodos utilizados e as maiores dificuldades enfrentadas na execução de Projetos de conservação. Ao final do evento os participantes reuniram-se no auditório a fim de evidenciar os principais pontos levantados durante o debate nos Grupos.
Uma idéia bastante fortalecida durante todo o evento foi a falta de compromisso do Governo com as questões ambientais e com o bem estar das gerações futuras. Ficou claro que o objetivo de uma Ong é ocupar o espaço aberto deixado pelo Governo, mas que é dever do Estado e de toda a sociedade lutar pela conservação do meio ambiente.
Realização: Grupo Ambientalista da Bahia – Gambá, em parceria com o Pet Mata Atlântica – Conservação e Desenvolvimento da UFRB.
Projeto: “Ações Ambientais Sustentáveis no Recôncavo Sul Baiano”
Patrocínio: Petrobras/ Programa Petrobras Ambiental.

Fonte: www.gamba.org.br 



Histórico 

1988 - Primeiro Seminário Mata Atlântica e Sensoriamento Remoto
1989 - SOS Mata Atlântica fecha acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis para elaborar o primeiro Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica em escala 1:1.000.000
1990 - Publicação do primeiro Atlas dos Remanescentes Florestais e ecossistemas associados da Mata Atlântica , que determina distribuição espacial da cobertura vegetal do bioma
1991 - SOS Mata Atlântica e INPE dão início ao monitoramento da Mata Atlântica para períodos de 5 anos, em escala 1:250.000
1992 - Lançamento dos primeiros dados sobre o ritmo de desmatamento da Mata Atlântica para o período de 1985-1990
1998 - Com participação do Instituto Socioambiental (ISA), SOS Mata Atlântica e INPE lançam a segunda edição do Atlas da Evolução dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, para o período 1990-1995
2002 - Lançamento dos dados de 1995-2000 do Atlas da Evolução dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, em escala 1:50.000
2005 - Criação do projeto De Olho na Mata, avaliando trechos prioritários para a conservação; início da atualização dos dados comparando o ritmo do desmatamento para 2000-2005
2006 – Lançamento da quarta edição do "Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica" relativo ao período de 2000-2005, mantendo a escala 1:50.000.
2008 – Divulgação de números atualizados a partir de análises da 4ª edição do Atlas, incluindo os Estados de Bahia, Minas Gerais, Alagoas, Pernambuco e Sergipe, que somados ao mapeamento da Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará pela ONG Sociedade Nordestina de Ecologia, totalizaram 16 dos 17 Estados onde o Bioma ocorre, ou 98% de Mata Atlântica.
2009 – Lançamento da 5ª edição do Atlas relativa ao período de 2005-2008 em 10 estados, representando 93% da Mata Atlântica. Essa edição manteve a escala 1:50.000 e passou a tomar como base os limites do Bioma Mata Atlântica definidos pelo IBGE no Mapa da Área da Aplicação da Lei nº 11.428 de 2006 (Lei da Mata Atlântica), publicado em 2008.
2010 - Divulgação de novos dados parciais do "Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica" para o período de 2008-2010.

Fruto de um convênio pioneiro entre a SOS Mata Atlântica e o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica é hoje a principal ferramenta de conhecimento da Mata Atlântica pela sociedade. Trata-se do mapeamento e monitoramento da Mata Atlântica e seus ecossistemas associados em 16 dos 17 Eestados abrangidos pelo bioma.

Desde sua primeira edição, em 1990, o Atlas colocou-se como o principal documento para definição de áreas críticas e determinação da distribuição espacial dos remanescentes florestais e ecossistemas associados da Mata Atlântica, como a vegetação de mangue e restinga. As informações sobre a dinâmica das alterações na vegetação nativa da área abrangida pelo estudo são permanentemente atualizadas, fornecendo assim uma série de subsídios para o monitoramento, controle, definição de novas Unidades de Conservação e formulação de políticas públicas. I inicialmente o estudo permitiu análises comparativas para períodos de cinco anos, entre 1985-1990, 1990-1995, 1995-2000 e 2000-2005; e agora os dados comparativos são publicados em um período menor de tempo: as últimas análises divulgadas abrangeram o período de 2005 a 2008 e de 2008 a 2010.

As tecnologias de monitoramento incluem sensoriamento remoto, geoprocessamento e imagens de satélite que identificam remanescentes com formações de até dez hectares.
Em todas as etapas, o Atlas conta com a participação, contribuição e apoio de diversas instituições, órgãos governamentais, entidades ambientalistas, universidades, institutos de pesquisa e empresas. O envolvimento de especialistas, cientistas, ambientalistas, técnicos e gestores ambientais e pesquisadores associados também tem sido fundamental para o aprimoramento e continuidade do estudo.

O Atlas tem o patrocínio do Bradesco Cartões e execução técnica pela Arcplan.

Resultados

Os resultados do Atlas vêm apontando a forte pressão e intervenção antrópica sobre a vegetação, o processo contemporâneo de desmatamento sem controle e a fragmentação florestal, somados a um baixo índice de áreas em processo de regeneração. Tais resultados comprometem a biodiversidade e comprovam a fragilidade e o elevado grau de ameaça desse bioma.

Mas o Atlas não faz só a sinalização das perdas, enfoca também áreas que vêm se recuperando e, neste caso, têm importante papel as florestas em estágio inicial e médio de regeneração como determina a legislação específica em vigor. Por fim, o estudo indica os trechos mais preservados e a situação do entorno das áreas com elevada taxa de biodiversidade, contribuindo para o planejamento e a proteção desse patrimônio brasileiro. Desde 2004, a SOS Mata Atlântica realiza um trabalho qualitativo através do diagnóstico e do monitoramento de áreas prioritárias para a conservação. Esse esforço compreende novos subsídios para políticas de conservação, implantação de leis e envolvimento da sociedade civil.

Os trabalhos envolvem ainda outros esforços em defesa da Mata Atlântica, especialmente foco nos programas para políticas de conservação. Um exemplo de avanço associado ao Atlas foi o projeto "De olho na Mata", iniciado em 2005. A área piloto foi o litoral norte de São Paulo e sul-fluminense, de forma a mapear a dinâmica do uso da terra e analisar o impacto que a urbanização descontrolada causa no ambiente e na qualidade de vida da população. Este projeto conta com o patrocínio da empresa Klabin.Para conferir mais informações, relatórios e mapas, acesse o Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica.
 

PET Mata Atlântica

O Programa de Educação Tutorial (PET) foi criado para apoiar atividades acadêmicas que integram ensino, pesquisa e extensão. Formado por grupos tutoriais de aprendizagem, o PET propicia aos alunos participantes, sob a orientação de um tutor, a realização de atividades extracurriculares que complementem a formação acadêmica do estudante e atendam às necessidades do próprio curso de graduação. O estudante e o professor tutor recebem apoio financeiro de acordo com a Política Nacional de Iniciação Científica.

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